Nossos mestres

Aos nossos Ancestrais. Agô.

"Só pode se levantar pra ensinar, aquele que se sentou para aprender" provérbio africano.


Mestre Aberré de Santo Amaro/Ba 1895 a 1945.

Mestre Canjiquinha/Ba 1925 a 1994

Meu nome é Washington Bruno da Silva, conhecido como Canjiquinha ou Mestre Canjiquinha. (…) Aprendi capoeira em 1935 e meu mestre foi o finado Aberrê. Se eu sei alguma coisa, a ele eu agradeço.
Eu era menino, menino. Tinha lá uma baixada chamada Matatu Preto, um morro no bairro do Matatu e lá embaixo tinha um largo, um terreiro. Lá, aos domingos, vinham todos aqueles capoeiristas, vinha Onça Preta, Geraldo Chapeleiro, Totonho Maré, Creoni, Chico Três Pedacos, Pedro Paulo Barroquinha, finado Barboza e esse cidadão chamado Antonio Raimundo, apelidado por todos Aberrê. Todo domingo eu ia la olhar, até que um dia ele me chamou e disse: “Meu fio, venha cá. Cê que aprende capoera?” Eu disse: quero. Então ele mandou eu me abaixar e vupt, deu um chute. Eu depressa dei um pulo pra trás e ele: “Óia, meu fio, a partir de hoje vô lhe ensina.”



Mestre Sapo/Ba

No dia 21 de Abril de 1948, nasceu Anselmo Barnabé Rodrigues, o Mestre Sapo, que em 1966 passou por São Luis, junto ao quarteto Aberrê(M.Canjiquinha, Vitor Careca, Brasília, Sapo), em uma viagem que mudou a história da capoeira do Maranhão. Em 1967 mestre Sapo retorna a São Luis para trabalhar na construção civil, e posteriormente na secretaria de agricultura. Em 1972, começou a dar aulas de capoeira, no ginásio Costa Rodrigues, e depois em diversos pontos da cidade. Mestre Sapo formou uma geração de capoeiristas, como Mestre Euzamor e Mestre Patinho, que preservam a linhagem de Mestre Aberrê e Cajiquinha. Mestre Sapo morreu no domingo, 30 de maio, de 1982, em São Luis, vítima de atropelamento. Aqui fica nossa saudação a memória do grande mestre, que é lembrado até hoje por ser um exímio capoeirista.

Mestre Patinho São luís/Ma

Mestra Elma São Luis/Ma