nZambi DF


O núcleo nZambi do Df nasceu em 05 de abril de 2003 com a chegada da Mestra Elma Weba (MA) em Brasília e tem como missão preservar os valores tradicionais da capoeira angola que orientam o comportamento dos seus participantes, tanto nas formas individuais como coletivas, comprometidos com a resistência, liberdade e transformação social, princípios inerentes a esta arte.

Angoleiras(os) minimamente comprometidas(os) com seu grupo, a capoeira propicia uma importante vivência comunitária. O comprometimento percebido na comunidade do Nzambi DF não é o da obrigatoriedade mas da amizade e do interesse de saber mais, de pesquisar as raízes do imaginário da capoeira Angola, da busca de se tornar Capoeirista. O Nzambi Df tem na sua formação descendentes oriundos de Tocantins, Minas gerais, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro, Maranhão, Rio Grande do Sul, e de outros tantos estados, assim forjando diversificadas experiências e procuras religiosas, musicais e históricas. O cotidiano dos treinos e rodas ou dos projetos do Nzambi é repleto de significados buscados pelos integrantes, "o que é essencial é o estar junto suscitado pela identificação".
O nucleo nZambi Df é liderado pelos professores Luane, Sal e Cled.
Contato:  nzambidf@gmail.com
https://www.facebook.com/NZambiCapoeiraAngola
81559497 (Cled) / 92280742 (Luane)



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O novo no velho sem molestar raízes... 
nZambi DF recebe mestre Patinho




Do dia 05 a 07 de setembro de 2014 a Associação Cultural de Capoeira Angola nZambi DF, em parceria com o Centro Cultural Mestre Patinho, promoveu o lançamento da mais recente ousadia do mestre Pato, seu DVD O novo no velho sem molestar raízes. 




Nascido Antônio José da Conceição Ramos, mestre Patinho é um ícone da cultura e da capoeiragem maranhenses. Tendo como carro chefe a capoeira, ampliou seus estudos em outras artes, como o balé, ginástica olímpica, artes guerreiras indígenas, mímica, desenvolvendo um método de arte educação que se fundamenta na consciência pelo movimento. Da linhagem dos mestres Sapo, Canjiquinha e Aberrê, influenciou gerações de capoeiristas no Maranhão e formou vários mestres, como nossa mestra Elma.

Nesse trabalho, mestre Patinho apresenta sua peculiar metodologia, enfatizando para além dos aspectos disciplinares, lúdicos, terapêuticos e artísticos, a preservação da arte da capoeira como um jogo estratégico que reúne diversos outros saberes. 



O encontro teve início com uma roda aberta no Balaio Café precedida pela performance Retalhos de Upaon-açu, onde o mestre Patinho apresentou ritmos e cânticos maranhenses integrandos ao ritual da capoeira.   






Nos dois dias seguintes, mestre Patinho ministrou três oficinas que sintetizaram sua metodologia e formatação dos fundamentos do jogo de capoeira dialogando com o conteúdo do DVD. 




Sob a regência do mestre, capoeiristas de diversos grupos da cidade puderam vivenciar seus ensinamentos e sua forma de perceber o corpo, como um “instrumento musical que muito pouco sabemos tocar com ele”. Além disso, puderam experimentar elementos que mestre Patinho julga necessários para um “bom combate” na capoeira, como o jogo estratégico, a ludicidade e a picardia. 





A presença da mestra Elma proporcionou para a ocasião um importante encontro de gerações, pois ela foi a primeira a carregar a linhagem de mestre Patinho para fora do Maranhão. Essa feliz oportunidade nos ensina importantes lições sobre a relação de respeito e camaradagem entre mestre e aluno. 

















O retorno do mestre Patinho à Brasília, sempre recebido com alegria pelo grupo nZambi, representa o importante exemplo que recebemos da mestra, o respeito e a valorização de mestres e mestras que nos ensinam a arte e preservação da capoeira angola.



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Novidades na biblioteca nZambi-DF  
"Vou aprender a ler para ensinar meus camaradas..."
Há pelo menos 4 anos resolvemos investir na ideia de formalizar em nosso espaço uma biblioteca voltada especialmente para cultura popular, capoeira, questões de gênero e raciais, história do Brasil e diversas outras temáticas que interagem com o universo da capoeiragem. 
Por enquanto o empréstimo de livros está mais voltado para membros do grupo, mas estamos nos organizando para disponibilizar nosso acervo a um público cada vez mais amplo! Pessoas interessadas também podem entrar em contato para marcarmos visitas, pesquisas no local, etc.
 Nosso acervo tem crescido e a tendência é se especializar cada vez mais graças às contribuições de noss@s camaradas! Deem uma olhadinha em algumas das nossas últimas aquisições:

Literatura oral no Brasil, de Luís da Camara Cascudo,
aumentando nosso acervo desse importante folclorista 



Mídia e Racismo, organizado por Sílvia Ramos


Capoeira - uma herança cultural afro-brasileira, de Elisabeth e Letícia Vidor


Revista Negaça, lançada na Bahia na década de 1990, pela Associação de Capoeira Ginga
O Batuque - A luta braba- último lançamento desse que foi um dos principais pesquisadores da capoeira, Frede Abreu. Contamos com outros livros escritos ou organizados por ele em nosso acervo... 
Claro que cada livro desses suscita histórias, leituras, comentários e debates à parte... Mas por ora, fica aqui apenas esse registro de boas vindas a eles e o convite a vocês que venham conhecer e contribuir com nosso acervo como mais uma frente de luta de resistência cultural afro-brasileira-indígena.


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XI aniversário nZambi-DF maio 2014

Vem aí mais uma celebração de aniversário do grupo nZambi-DF! O evento acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio. Convidamos todos e todas para vadiar aqui no meio do cerrado.

15/05 quinta-feira

Local: CIEF 907/908 Sul

11:30 – Inscrição
12:00 – 14:00 – Aula de capoeira - Mestra Elma
19:00 – Roda de diálogo ‘Empoderamento da mulher na capoeira’ - Mestra Elma e Contra-Mestra Samme(MA)
20:00 – Aula de capoeira - Mestra Elma


16/05 Sexta-feira

Local: CIEF 907/908 Sul
13:30 – Inscrição
14:00 – Aula de capoeira - Mestre Rene Bittencourt(BA)
16:30 – Aula de ritmo - Mestre Rene Bittencourt(BA)

Local: sede nZambi-DF CLN 403 BL A
19:00 – Roda de diálogo "Ancestralidade na Capoeira" – Mestre Rene Bittencourt(BA) e Paulo Magalhães, autor do livro "Jogo de discursos: a disputa por hegemonia na tradição da capoeira angola baiana"
20:00 - Roda de capoeira – ABERTA (ir de roupa branca)

17/05 Sábado

Local: CIEF 907/908 Sul
9:00 – 10:30 - Treino de capoeira - Mestre Rene Bittencourt(BA)

Local: Terreiro do Vô Congo Condomínio Sol Nascente - Pnorte - Ceilândia
12:00 - Festa de Preto Velho no Terreiro do Vô Congo(Todxs estão convidadxs!)
13:00 - Roda de Capoeira (ir de roupa branca)
14:00 - Feijoada do Vô Congo
16:00 - Samba de Roda

18/05 Domingo

Local: CIEF 907/908 Sul
9:00 - Aula de capoeira com Mestre Rene Bittencourt(BA)
12:00 – almoço

Local: sede nZambi-DF Cln 403 BL A
14:00 – Roda de diálogo ‘Fundamentos da Capoeira Angola’ com os Mestres.
15:00 - Roda de encerramento.

Investimento:
Evento todo - R$ 100
Um dia - R$ 30

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Oficina de tambor de crioula (abril 2014)




Na semana de 07 a 12 de abril de 2014, o nZambi DF em parceria com a Casa do Coreiro do Maranhão promoveu oficinas de tambor de crioula ministradas pelos maranhenses Barrabás e Abrahão. 

Luís Barrabás é natural de São João Batista, baixada maranhense, e hoje vive no centro histórico de São Luís. Trabalha com artigos tradicionais da cultura popular maranhense. É artesão, coreiro e cavador de tambor de crioula, faz máscaras de cazumbá, pandeirão, caixa, entre outros instrumentos de percussão. É fundador da Casa do Coreiro do Maranhão.





Essa semana vai deixar saudades...








Contamos ainda com a presença de Gilvan e camaradas da turma do Boi do Seu Teodoro, pedaço do Maranhão aqui em Brasília...





E pra encerrar as oficinas não poderíamos deixar de celebrar com uma festa desse tambor afinado a fogo, tocado a muque e dançado a coice!

Salve tambor de crioula!
Salve o Maranhão!



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RODA DE ENCERRAMENTO  novembro de 2013

Tivemos o prazer de encerrar mais um ano em uma grande roda com a participação de camaradas angoleiras e angoleiros de demais grupos do DF...






Assista AQUI vídeo com a abertura da roda! 


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Momento especial de 2013...
Em maio tivemos o prazer de comemorar os 10 anos do NZambi DF contando com a presença de camaradas do Maranhão e de grupos de capoeira angola do DF...
Para lembrar, segue registro do pessoal da Janela Aberta Filmes.



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Vem aí mais uma Feijoada do NZambi! agosto 2013
 
   O Grupo Nzambi de Capoeira Angola convida tod@s para a sua tradicional feijoada, realizada todos os anos, com aquele AXÉ! 10h . Roda de Capoeira Angola 12h . Feijoada (com opção vegetariana) Embalad@s com a "Quilombagem" do Dj Nagô e participação especial do Dj Wash!     Data: Domingo, 25/08 Local: Balaio Café [201 norte, Bloco B, Lojas 19/31] R$16,00 por pessoa e crianças até 10 anos pagam R$10,00
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******************************************************************************* Domingo de parceria no Eixão julho 2013 Rodas de bicicletas e de capoeira...

Mais uma realização da parceria entre o grupo NZambi DF e a Bicicletaria, oficina comunitária de bicicletas, se deu nesse domingo de 14 de julho de 2013. Começou acordando o corpo com oficina de alongamento e movimentação do professor Sal, tendo atenção especial às crianças com o camarada Daniel.
Depois, uma roda linda com a presença de camaradas dos grupos Semente do Jogo de Angola, NZinga, FICA, Tem dendê e Beribazu, e da criançada, que, inclusive, abriu a roda!  
Antes, durante e depois rolaram as Delícias NZambi! No cardápio, comidas e bebidas preparadas com muito amor! Levamos também berimbaus grandes e pequenos que produzimos em oficina com o professor Sal durante o fim de semana. 
 
E claro que não faltaram as rodas de bicicletas...
Por fim, não se pode deixar passar o fato de ter sido na roda de capoeira que realizamos nesse domingo que estreou na rua nosso novo atabaque, construído artesanalmente através de oficinas desenvolvidas pelo Projeto Pau Pereira de Planaltina DF, de fevereiro a julho de 2013, também em parceria com camaradas do grupo NZinga e Beribazu.
Mestre Pau Pereira na primeira oficina de atabaque em nossa casa em fevereiro de 2013

Mestre mostra outros tambores feitos pelo eixo Bicho Serrador do Projeto Pau Pereira, que, além desse, desenvolve também trabalho de educação com o AB Cerrado e de capoeira na cidade e em zonas rurais de Planaltina DF
Uma das últimas oficinas, em junho de 2013
   E salve as parcerias, salve a camaradagem!
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   NZambi DF celebra seus 10 anos!! Maio de 2013

 Em maio de 2013 o grupo NZambi de Capoeira Angola do Distrito Federal contou com a presença de camaradas do Maranhão, Floripa, São Paulo, Belo Horizonte e demais grupos de Brasília e Planaltina para fazer um belo evento em comemoração de seus 10 anos completados em abril de 2013. Eis aqui alguns registros!   
15/05/2013 - Oficina com a Mestra Elma
15/05/2013 - fechando a noite com uma roda....  
16/05/2013 - roda na hora do almoço
16/05/2013 - à noite, roda de conversa: Hierarquia e ética no jogo ancestral.
"Capoeira de Angola não é só pernas pro ar..."
 
Participando da conversa: professor Sal (NZambi-DF), Mestre Nelsinho (Laborarte MA), Mestra Elma, Professores Cabeludo e Fabiano (Laborarte MA), Contra-mestre Cabeludo (Mandingueiros do Amanhã MA), camaradas Cled e Ga (NZambi DF)  
17/05/2013 - Exibição de filme relembrando os 10 anos do NZambi DF

17/05/2013 - Casa cheia...
... Bela roda!
 
 
 
17/05/2013 - caindo no samba...
 Celebrando os 10 anos de resistência!
Assoprando as velinhas com os camaradas...



18/05/2013 - Fechando a semana com uma roda muito especial...
10ª Festa de Preto Velho no Terreiro do Vô Congo (Ceilândia - DF)
... E o tambor de crioula alimentando nossas raízes maranhenses!
Um muito obrigado a tod@s que estiveram presentes contribuindo para essa linda festa de celebração dos 10 anos do NZambi DF!!
 Iê!
 
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Capoeira a céu aberto no aniversário de Brasília 21/04/2013
Foto: Maria Gabriela Guimarães
No aniversário de 53 anos da capital, uma bela roda no Eixão, via de alta velocidade que cruza o plano piloto e que aos domingos fecha o trânsito de carros abrindo passagem para o esporte, lazer, enfim, para utilizações alternativas do espaço urbano.
Foto: Maria Gabriela Guimarães
Foto: Haydee Vieira
Além do axé da nossa mestra Elma, contamos com a presença da mestra Janja, do grupo NZinga...
Foto: Haydee Vieira
...e de mais camaradas angoleiros e angoleiras...
Foto: Haydee Vieira
Foto: Haydee Vieira
Foto: Haydee Vieira

  
Foto: Maria Gabriela Guimarães
Não poderia deixar passar em branco a realização paralela e interligada da Bicicletaria, oficina comunitária de bicicletas. 
Movimentos na mesma sintonia pela ocupação dos espaços urbanos em prol de uma relação mais autônoma e sustentável com essa cinquentona Brasília, seus eixos e gentes...
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I Oficina de corridos NZambi Brasília - um relato

Eu vou contar uma história
do que ontem aconteceu
Gente boa reunida
só pode dar no que deu...
A oficina foi um sucesso!
Muita ideia na cabeça
Deixou ladainha, corrido e verso
pra que dela não se esqueça.
Primeiro uma discussão
deu lembrança a muito nome
Falou-se em Rosa Palmeirão
Nêga Didi e 12 hôme
Escrava Xica da Silva
Maria Bonita do sertão
Também Teresa e Idalina
e Maria Aragão.
No canto foi o nome Maria
uma unanimidade
da Penha entrou na cantoria,
muita mulher de verdade!
Também a própria angoleira
em suas faces foi cantada
da coreira à marisqueira
da menina à namorada.
Até uma figura faceira
nessa noite foi criada
No berimbau: Maria Pereira,
tocadora arretada!
Mas nem só da oralidade
surgiu tanta coisa boa
inspirando criatividade
os livros não vieram à toa...
Começou então a homenagem
À mulher, à brasileira
nutrindo a capoeiragem
vibrando a lilás bandeira!
Clara Ramthum
Registro da primeira oficina de corridos da ACCAZ Brasília, na semana "Dona Maria como vai você?" em homenagem ao dia das mulheres - Março 2012 -
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V ENCONTRO DE CAPOEIRA ANGOLA NA CHAPADA DOS VEADEIROS
Foi lá em São Jorge, que isso aconteceu. Foi com Mestre Cobra Mansa e Moraes, que é mestre seu. Boas oficinas, a galera compareceu. Tanto que ficou lotado! Vou te contar camará meu... Mas deu pra aproveitar! E muita coisa aprender... Mestre Cobrinha a sorrir, provou seu vício em se mover. E também contou história, que foi do circo à polícia! E do Ngolo, claro, ele também trouxe notícia... Mestre Moraes falou, falou Espetou e fez doer o ego de muita gente. Depois conto pra voismicê... E cantou, cantou bonito! Da capoeiragem baiana, que carrega no seu rito coisa indígena, branca e africana. Na cabocla ele não bate, o negro nagô não fede... Mostra que toma cuidado com os valores que repete. E foi por um triz, perdi a roda final... Com aqueles dois mestres juntos, acho que foi sensacional... Esse foi um fim de semana, e este um relato dessa viagem, em que meu peito sempre batia, o Maranhão, nossa linhagem.  Clara Ramthum (Relato de participação no V Encontro de Capoeira Angola da Chapada dos Veadeiros, realizado de 27/07 a 29/07/2012, no XII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros)

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