HISTORIA DO GRUPO CAPOEIRA ANGOLA NZAMBI
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Em julho iniciei um trabalho na freguesia do Ribeirão da Ilha em parceria com e o Conselho Comunitário e com a fundação Cultural Franklin Cascais (depois de muitas tentativas). Pois bem! Chegando à comunidade procurei a direção da escola que por sorte fica em frente ao Conselho, onde fui bem recebida e logo obtive o apoio. Divulgamos a oficina na radio da escola e não deu outra, na quinta feira tinha crianças, pais e mães querendo se inscrever, para meu estímulo, alegria e a confirmação de que a comunidade estava querendo capoeira. O Ribeirão da Ilha é uma das primeiras comunidades formadas principalmente por açorianos e escravos africanos no séc. XVIII em Florianópolis. Desta formação traz forte herança cultural que ainda pode ser percebida na forma de subsistência de muitas famílias.A pesca, a extração de mariscos, o artesanato e a gastronomia.Um novo desafio que espero dar conta e tenho a esperança de formar uma nova geração de angoleiros(as)pelas bandas do Ribeirão .Nesses 3 meses a criançada está na maior dedicação com o treino,surgindo o desejo de obter seu próprio berimbau.Pois bem! fomos a luta ou a procura do instrumento e fizemos uma pesquisa sobre qual a madeira nativa da Ilha que poderiamos utilizar para a confecção do berimbau. A outra pergunta é se poderiamos tirar essa madeira da mata.Se teria uma lua certa para tirarmos a madeira. Eu já havia visto os berimbaus do Mestre Churrasco(RS)que eram feito de uma madeira flexivél, chamada rabo de macaco ou rabo de bugio.As crianças foram perguntar para seus pais, avôs,tios e os mais velhos se eles conheciam a madeira rabo de macaco e para a alegria de todos(as) não só conheciam como sabiam onde poderia retirar a madeira e que sua retirada da mata não iria comprometer ecologicamente a vegetação pois era uma lua boa para corta-la. Então os pais foram na mata e retiraram a madeira (pequena quantidade)para a confecção dos berimbaus.Vamos fazer os berimbaus quando tivermos as cabaças e os materias restantes e a criançada tá correndo atrás.Outra aquisição bacana que nós conseguimos com o apoio do Jaime (antigo morador do Ribeiraõ da Ilha e comerciante local) foram 40 camisetas para o projeto ginga Catarina.As camisetas chegaram na hora certa pois iríamos fazer nossa primeira roda(em memoria do Mestre Canjiquinha) dia 24/09,sábado, e estavamos pensando como iríamos fazer sem uniforme e tal.A roda foi bem bonita, as crianças e a galera do nZambi, os camaradas Jacaré e Mariposa do (angoleiro sim sinhô)chegaram junto , foi uma roda bem alegre e cheia de Axé.A comunidade participando em peso,assistindo, aplaudindo, no final rolou aquele lanche comunitário coletivo bem gostoso,distribuição de balinhas, foi só alegria e missão se cumprindo, cultura, capoeira angola de tradição na comunidade como os mestres antigos desejavam e gostavam.
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